Saúde

Dor no joelho: identificar a causa e prevenir lesões

Publicado em: 14 de junho de 2019

Tempo estimado de leitura: 8 minutos

Por: Engaje! Assessoria de Imprensa

Com a chegada do frio, muitas pessoas se afastam das atividades físicas regulares e movimentam-se menos durante o dia. É nesta época do ano que as dores de joelho aumentam.

Queixa comum em consultórios médicos e de fisioterapeutas que atuam na área traumatológica e esportiva, as dores nos joelhos são principalmente resultado de sobrecarga excessiva na articulação associada à fraqueza muscular, especialmente dos músculos da coxa e músculos da região do quadril.

No inverno, principalmente em regiões em que o frio é mais intenso, as pessoas costumam se afastar das atividades físicas e se movimentar menos durante o dia. É nesta época do ano, que muitas pessoas passam a apresentar queixas de dor. Além disso, as possíveis causas para a dor no joelho podem ser: artrose (conhecida popularmente por “desgaste”), lesões em meniscos, ligamentos e músculos, ou simplesmente sobrecarga na articulação por alguma alteração do movimento normal.

Segundo Regis Severo, fisioterapeuta que atua na área de Pesquisa e Desenvolvimento da Mercur, se a movimentação natural de todos os dias e a frequência de atividades físicas cai, consequentemente os músculos tornam-se menos preparados para suportar as cargas impostas ao corpo, o que faz com que determinadas regiões, como os joelhos e a coluna fiquem sobrecarregados. Desta forma, manter uma rotina de exercícios nesta época do ano é fundamental.

“Mesmo em casa, alguns exercícios simples podem ser realizados para a manutenção da força e flexibilidade muscular. Você não precisa necessariamente de equipamentos de academia, pesos ou dispositivos complexos. E sim de disciplina e persistência em manter uma rotina básica de exercícios. As faixas elásticas são uma boa opção”, comenta o profissional.

 

Estou com dor no joelho, o que devo fazer?

Severo explica que o primeiro passo é procurar um médico para fazer o diagnóstico clínico, ou seja, avaliar se existem lesões na articulação que possam justificar a dor. “É importante também realizar uma avaliação com fisioterapeuta que não esteja restrita somente ao joelho, mas sim ao movimento de todo o corpo, buscando associações entre a dor, alterações de movimento e alterações musculares, como fraqueza muscular, tensões ou contraturas musculares, déficit de flexibilidade, entre outros”, explica.

O motivo dessa avaliação é que embora a dor apresente-se no joelho, a razão desta condição de dor pode estar em outras regiões do corpo. E é justamente pela falta de uma avaliação mais ampla e do desconhecimento de causas primárias que muitas pessoas melhoram em um curto prazo, mas voltam a sentir dor após algum tempo. Tratar os sintomas sem reconhecer e tratar as causas pode não levar a resultados satisfatórios no tratamento.

 

Não deixe de se movimentar

O exercício é o melhor aliado para prevenção de dores. Não só no joelho, mas no corpo todo. O fortalecimento de músculos importantes para estabilidade do joelho é fundamental. Neste caso, não apenas os músculos da coxa e perna devem ser fortalecidos, mas também músculos mais distantes do joelho que têm papel fundamental para um bom controle de movimento, como os glúteos e músculos abdominais, por exemplo.

“Muitas pessoas acabam se afastando das atividades físicas quando iniciam com quadros de dor. Porém, é importante reconhecer as causas da dor e, descartando-se lesões importantes que necessitem de repouso e imobilização, manter-se ativo, mas sempre com a orientação de um profissional”, comenta o fisioterapeuta.

Além de reconhecer possíveis fatores de risco para lesão, este profissional poderá orientar quanto a maneira mais correta de realizar os movimentos sem gerar sobrecargas adicionais nas articulações. A realização de exercícios, como agachamentos, por exemplo, quando realizados de forma incorreta, pode levar a sobrecarga no joelho, e consequentemente lesões e dor.

Quando a dor limita os movimentos, obviamente tratar a dor a partir de exercícios pode ser mais difícil. E é nestes casos que o uso de joelheiras pode ser útil, pois a compressão elástica proporcionada fornece um estímulo mecânico ao joelho, aliviando a dor e facilitando os movimentos.

“Na fase inicial de tratamento as joelheiras podem ser utilizadas durante os exercícios de fortalecimento, até que a dor reduza significativamente ou desapareça. É importante a orientação de um profissional sobre o momento em que é possível deixar de utilizá-la”, explica Severo.

 

Uma mulher está em pé, bebendo água em uma garrafa de plástico. Ela está em um gramado e ao fundo, em desfoque, tem árvores e o céu azul com algumas nuvens. Ela veste roupas para a prática de esportes e está com fones nos ouvidos.

A orientação de um profissional de saúde é fundamental durante o tratamento. #PraCegoVer Uma mulher está em pé, bebendo água em uma garrafa de plástico. Ela está em um gramado e ao fundo, em desfoque, tem árvores e o céu azul com algumas nuvens. Ela veste roupas para a prática de esportes e está com fones nos ouvidos.

Qual joelheira usar?

Existem órteses de joelho com diferentes composições e modelos. A indicação do modelo específico a ser utilizado em cada caso, deve levar em consideração dois fatores principais: A indicação clínica (lesão específica ou diagnóstico clínico) e a necessidade funcional da pessoa (nível de instabilidade, fraqueza muscular, nível de atividade e sua relação com as exigências físicas impostas ao corpo, sinais e sintomas como a dor, inchaço, entre outros). Ou seja, não existe uma “receita de bolo” ao indicar uma joelheira, e sim um raciocínio clínico que é individual a cada pessoa.
Sendo assim, duas pessoas podem ter a mesma lesão ou diagnóstico médico, mas apresentarem indicações de tratamento (exercícios, uso de órteses, medicações) diferentes.

Joelheiras Tubulares: As mais tradicionais, conhecidas como tubulares, são fechadas e devem ser vestidas pelo pé. Elas geram compressão uniforme em torno da articulação. Podem conter orifício na região anterior e central para acomodar a patela.

Órteses para joelho ajustáveis: apresentam faixas de velcros, que auxiliam a graduar a compressão conforme necessidades mais específicas. São recomendadas quando além da dor, existe alguma instabilidade leve, conhecida como falseio no joelho. Podem apresentar componentes metálicos flexíveis nas laterais, para evitar dobras no tecido da joelheira e também dar suporte adicional. Este modelo facilita a colocação em casos de inchaço ou dor intensa ao movimentar o joelho, pois não precisam ser vestidas pelo pé.

Órteses de joelho com dobradiças metálicas: contém hastes rígidas laterais para proporcionar estabilidade, servem principalmente em lesões ligamentares moderadas e graves, quando existe falseio no joelho. As hastes são articuláveis e não limitam o movimento natural do joelho de flexão/extensão, evitando apenas movimentos laterais que são decorrentes de estiramentos ou ruptura de ligamentos.

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